Esquimó: “Se eu não soubesse nada sobre Deus e pecado, eu iria para o inferno?"
Missionário: “Não, não se você não soubesse."
Esquimó: “Então por que você me disse? ”

Annie Dillard

Tenho certeza que os meus antepassados pensaram o mesmo quando aqueles malditos jesuítas chegaram

Cidades Intangíveis

Este trecho escrevi após ler um Livro de Ítalo Calvino, As cidades invisíveis.
Conto aqui a história de uma cidade que veio a minha mente, cidade com a qual tenta rei demonstrar meus alguns dos meus pensamentos. Não quero me comparar a Calvino e nem mesmo plagiar a sua obra, digo apenas que necessitava escrever isso desta forma. Não será a última cidade que escrevei e recomendo acima de tudo que leiam esse livro, que contém escritos de filosofia, sociologia, psicologia e uma grande amostra de pensamento do italiano, nascido em Cuba, Ítalo Calvino.

Cidade e o Homem

"A três dias de viagem ao noroeste, no topo das cordilheiras, encontra-se Abulia, cidade onde voga a harmonia. Andando por suas ruas se percebe o traçado geométrico e simétrico da cidade. Sente-se ao visita-lá que esta cidade é a cidade ideal, onde todos os elementos se combinam de maneira padronizada e se mantém estáveis.
Os cidadãos de Abulia são quietos e falam apenas quando interrogados, um ar de serenidade e tranquilidade ronda o lugar, como uma névoa tenue . Assim, Abulia é a cidade da alegria, da felicidade, onde a harmonia e a igualdade fazem de todos UM.
Um elemento se destaca na cidade e confesso que com toda a atmosfera de Abulia me passou despercebido por todo o tempo que lá estive, como se estivesse sendo tomado pelo sentimento do lugar. Uma torre, que se ergue solene no centro da cidade, onde se diz, que em tempos remotos, antes de Abulia tranquila existir, era o palácio de um rei que mantinha a ordem pelo terror . Ao observar longamente uma janela que encontrava-se topo da torre pude ver um homem coroado, já velho, com um sorriso na face.
Afirmo, nesse momento, apenas uma coisa sobre Abulia, este rei descobriu a melhor forma de controle, a alegria e não o medo que todos consideram. Enquanto os Abulianos pensam ser livres, são mais presos do que eram no primórdio, presos em sua própria liberdade."

Gustavo Vitti

O meu ceticismo é tão cético, que o auge do meu ceticismo é duvidar da própria dúvida

Metaformizadas em forma de desejos e angustias minhas dúvidas mostram sua essência.
Uma base sólida onde impera a alegria e a tranquilidade, um pensamento a que posso dedicar todo o meu ser ou a então chamada alma. No entanto, começo a pensar em correntes, em singelos e invisíveis fios que me aprisionam e regem o meu destino de maneira que não posso controlar.

Também encontro outra faceta, um mundo da liberdade e dos sonhos, sem prisões, um momento onde a mente ganha novas formas e tudo ganha e perde a cor, o tom, mas o perigo se encontra ao lado da felicidade e também surge a incerteza da certeza, a aleatoridade e a liberdade conspiram para algo desconhecido.
Prendo-me desse modo em sonhos e alegrias, a dúvidas e a caminhos tortuosos, sem ao certo saber qual tomar, ou mesmo qual terá um fim, seja ele bom ou ruim, sem relatividades.

Acreditar em algo e questionar a tudo, por isso dizem, nada menos e nada mais que uma questão de fé e de certeza.
No momento prefiro a liberdade, poder escolher e duvidar dos inúmeros caminhos que seguem pelo suposto existir.

Início

Primeiramente os cumprimento e já aviso: nunca fui um "blogueiro" assíduo, abandono meus blogs com uma facilidade tremenda. No entanto, tentarei não ser tão relapso com esse, talvez conseguirei, devido as férias e ao tempo ocioso.

O blog

O nome do blog não é devido a eu me considerar um bardo, longe disso na verdade, nunca foi a minha classe preferida até mesmo nos rpg's. o nome se deve principalmente por ser um anagrama de brado e a ser sonoro, simples assim. É claro que o fato de bardos serem músicos e ótimos comunicadores ajudou, mas não atrevo-me a dizer que fui o primeiro a juntar estas duas palavras.
Minhas intenções com este não podiam ser mais claras, falar de tudo o que me venha a mente, de maneira a passar conhecimento(?) e informação. Falarei de filmes, livros, músicas, escreverei meus textos e tentarei discutir política, filosofia, ciência e tudo o mais que interesse a mim e aos meus leitores (provavelmente será um monólogo entre eu e mais ninguém, um diálogo no caso).
Julgo que me expressei claramente sobre o porque do blog e afins, só faço um pedido se você por acaso chegou a esta página, com um péssimo layout e tudo o mais, não a ABANDONE. Farei o possível para atender a quaisquer espectativas.
Espero que esse meu brado ecoe e alcançe novas vozes e ideias.

Gustavo Vitti